Os relações-públicas como gestores da reputação organizacional
30 novembro 2018É comemorado no dia 2 de dezembro o Dia Nacional das Relações Públicas. O principal objetivo deste profissional é aproximar os interesses da organização em que atua e dos seus respectivos públicos, tanto interno quanto externo. Para que isso ocorra, é importante que os relações-públicas trabalhem diretamente com o alto escalão organizacional para gerir esta comunicação de forma mais efetiva.
A profissão vem se modificando com o passar dos anos e conquistando um novo campo: o seu caráter mais técnico foi sendo deixado de lado e o perfil mais estratégico e humano vem ganhando cada vez mais espaço no século XXI.
Dentre tantas ações que podem ser desenvolvidas pelos relações-públicas, a gestão da reputação organizacional vem se tornando uma estratégia extremamente valorizada e que pode/deve ser trabalhada por estes profissionais. Segundo Villafañe (2005, p.76) “a reputação é a consequência de uma relação eficaz com os stakeholders da empresa” e continua, é “um estado de consolidação definitiva da imagem corporativa”.
Assim, pode-se entender que a reputação é a união da imagem e identidade corporativa, entre outros fatores, isto é, a sua imagem perante o público, juntamente como o modo que se define e estabelece-se enquanto organização. Villafañe (2005) afirma que para à construção da reputação é necessário que a empresa siga três pontos-chave: tenha valores sólidos, proatividade na gestão da reputação e comportamento organizacional comprometido.
Atualmente, devido aos avanços das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e o surgimento dos novos meios digitais, os públicos se tornaram mais críticos, tendo em vista o acesso à informação disponibilizada por esses meios. Com isso, há a necessidade de trabalhar de forma ética e coesa, para que as informações repassadas sejam totalmente verdadeiras e para que o discurso organizacional não seja diferente da sua prática.
Portanto, as Relações Públicas possuem um papel fundamental para a gestão da reputação, seja por meio do desenvolvimento de ações e estratégias que valorizem os diversos públicos, ou pela adoção de mecanismos para aproximar os objetivos de todas que fazem parte da empresa. Atuando dessa forma, a boa reputação se transformará em retorno financeiro e institucional.
Referência
VILLAFAÑE, Justo. Guia de la reputación corporativa: manual de la empresa responsable. Biblioteca Empresarial Cinco Dias, Madrid, v. 4, 2005, p. 71-87.