E do escuro fez-se a luz da comunicação
05 julho 2016*Por Luciano Bosco
Desde os primórdios o ser humano elabora ferramentas para suprir suas necessidades, inovando em momentos de desconforto, inventando a roda quando não se pode carregar o peso, descobrindo o fogo quando o frio aflige, acendendo a luz quando a escuridão angustia.
A humanidade avançou por eras e, impulsionada pela tecnologia, continua se fazendo valer de mecanismos para melhorar o seu grau de conforto, paralelamente à geração de riqueza, que conduz a sociedade contemporânea.
Na esfera da comunicação corporativa não é diferente. Em momentos de baixa atividade econômica, semelhante ao que o Brasil atravessa, o departamento de comunicação das companhias – e seus braços terceirizados – são os primeiros a sofrer cortes, ou por assim dizer, ajustes administrativos. Mas são nestes mesmos momentos que as corporações precisam proteger aquilo que têm de mais valioso: a marca.
Se colocarmos na balança a relação custo benefício que a comunicação traz para a empresa, seria um pecado considerarmos a ideia de reduzi-la ou até, como em alguns casos, extingui-la.
É claro que nenhuma área e/ou profissional estão isentos de ajustes necessários. Mas os resultados que uma boa gestão de imagem traz à organização devem ser igualmente considerados aos de qualquer setor financeiro. Ora bolas, comunicação também abraça as áreas de finanças, assim como as operacionais, jurídicas, RH, ou seja, é um setor que agrega e trabalha para todos os cantos da empresa.
A crise institucional e a crise de imagem são gêmeas siamesas, bem como o sucesso dos negócios está atrelado à boa reputação da marca. Isso é uma ideia consolidada e, por óbvio, um ponto de atenção dos gestores mais bem preparados.
Manter a empresa bem posicionada aos olhos dos formadores de opinião (e aí cito jornalistas, críticos, influenciadores digitais, associações, ou qualquer cidadão que propague pontos de vista) traz um retorno imensurável aos negócios.
A bem da verdade, o departamento de relações públicas deveria estar ao lado da sala da presidência. São os olhos que tudo vê, a mente que em tudo pensa e, por vezes, o corpo em que tudo rebate.