A importância da transparência nas concorrências privadas
08 junho 2018Não é novidade dizer que a crise econômica que ainda atravessamos traz uma série de desafios para o setor de comunicação corporativa em geral. Mas gostaria de tratar sobre um, em especial, que não é novo, mas que se agravou como consequência deste quadro incerto: a baixa qualidade das concorrências privadas.
Falta de transparência, ausência de critérios claros de avaliação técnica, a não exigência de regularidade trabalhista dos profissionais da agência competidora e até mesmo a falta de um ‘simples’ feedback são alguns dos obstáculos mais recorrentes encontrados nos processos de contratação de agências para serviços de comunicação corporativa.
O ponto é que não são apenas as agências que perdem em uma concorrência mal estruturada. A consequência também atinge a empresa, pois um processo viciado pode resultar em contratações equivocadas, expectativas frustradas e desgaste na relação entre agência-cliente.
Essa é uma causa abraçada pela Abracom, associação que reúne agências de comunicação corporativa de todo o País e que lançou, no ano passado, a campanha Dez Passos para uma Concorrência Legal. Esse documento traz uma dezena de recomendações que ajudam a criar um processo de contratação mais justo e transparente.
A era é do diálogo. Portanto, o que se busca é um entendimento e uma troca com as áreas de comunicação e compras das empresas contratantes de serviços, para que seja possível criar um ambiente concorrencial baseado na transparência e no tratamento igualitário. E que, no fim das contas, permita ao cliente escolher a melhor agência para o seu projeto.