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Quem deve escolher o porta-voz da organização?

17 junho 2019

Nem sempre uma organização possui um porta-voz previamente definido, muitas das vezes simplesmente pelo entendimento, por parte do corpo gestor, de que não há necessidade. Não é uma postura adequada, afinal, leva-se tempo para preparar um bom porta-voz e é fortemente recomendado que haja alguém de prontidão para casos em que seja necessário prestar informações à imprensa. Mas independentemente da postura adotada pela empresa, em algum momento será preciso identificar quem é o melhor porta-voz para a organização e esse é o ponto a ser discutido no post de hoje: é papel da equipe de comunicação corporativa ou dos diretores da empresa escolher o porta-voz?

Antes de mais nada, é preciso entender que não há uma regra. A definição de quem fará a escolha não deve ser encarada da mesma forma em diferentes organizações, afinal, há inúmeras variáveis que interferem nesse processo. Sobre qual assunto será a entrevista? Que tipo de conteúdo será transmitido? Para quais veículos será oferecido o porta-voz? Há uma crise instaurada ou trata-se de um posicionamento de rotina? Com que tipo de público a empresa se comunicará por meio do porta-voz? É preciso ter conhecimento e domínio técnico sobre o assunto ou devem prevalecer atributos de oratória, postura e posicionamento? Essas são algumas simples perguntas que devem ser feitas no momento da escolha do porta-voz. Nem tudo é – e nem deve ser – “cravado em pedra”.

Se avaliarmos sob o ponto de vista do corpo gestor – na maioria dos casos, representado pela diretoria da organização -, há vantagens sob o ponto de vista de gestão, de fato. É provável que indiquem um profissional de confiança, com boa trajetória na organização, que tenha vivência em diferentes áreas e, por isso, conhecimento do negócio etc. São aspectos super relevantes e devem sim ser considerados no momento da indicação do porta-voz.

Quando o jornalista de empresa vai selecionar o profissional que representará oficialmente a organização, seja diante da imprensa ou em redes sociais, os critérios a serem considerados são mais técnicos. Além de avaliar expressão e oratória, postura, aparência – traje, por exemplo -, são levadas em consideração suas capacidades de articulação de ideias e argumentação. É super importante ter “jogo de cintura” para responder a perguntas de repórteres, principalmente “ao vivo”, quando não há qualquer tipo de brecha para preparo ou ensaio e o jornalista pode fazer perguntas que podem ser indesejadas ou delicadas.

O mais importante é não tratar a escolha como regra, o ideal é somar esforços. O porta-voz assume um papel importantíssimo, diretamente relacionado à reputação da empresa, por isso a escolha não pode ser feita de forma repentina, sem avaliar cenários, consequências, desdobramentos e riscos. A diretoria da organização e a equipe de comunicação precisam trabalhar em conjunto para tomar a melhor decisão. Uma dica importante: quebre paradigmas, o profissional não pode ser escolhido apenas pelo nível hierárquico ou por indicação de um dos líderes da empresa. Vale lembrar que, independentemente da escolha, o porta-voz precisa ser preparado cuidadosamente para atuar na função. O trabalho de media training é fundamental. Não sabe como funciona esse trabalho? Os gestores de sua empresa precisam do treinamento? Entre em contato com a gente!

Gabriel Rocha

Gabriel Rocha é jornalista, graduado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e trabalha há quatro anos com comunicação interna, depois de passar por redação e assessorias de imprensa. Possui MBA em Administração de Marketing e Comunicação Empresarial pela Universidade Veiga de Almeida (UVA) e está, atualmente, em fase de conclusão de uma pós-graduação em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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